“Durante muitos anos, vivi um relacionamento a 500 quilômetros de distância do meu trabalho”, conta Fernando Rosa, gerente de contas sênior da 3M. O amor pela empresa sempre disputou espaço com a vontade de viver perto do companheiro, Sérgio d’Almeida Sanchez, que ocupa um cargo público em Curitiba e também não tinha perspectiva de deixar o emprego. Mas como toda relação é baseada em troca, a 3M deu um jeitinho de aproximar o casal e continuar contando com o talento de Fernando.

Essa história começou com a oportunidade de um estágio, seguida da contratação. De lá pra cá, foram 14 anos de muitas transformações, evoluções na carreira e aceitações pessoais. No decorrer dessa jornada, Fernando se descobriu homossexual e começou o relacionamento com Sérgio. Mas tinha receio de comentar no ambiente de trabalho.

“Naquela época, já havia um código de conduta, mas eu ainda escutava uma ou outra piadinha nos corredores. Esse comportamento mudou drasticamente em 2016, quando a 3M criou os grupos de afinidade”, lembra.

Foi quando ele decidiu declarar que tinha um companheiro e, mais do que isso, entrou para o grupo LGBTQIA+ e se engajou no movimento para promover mais diversidade, equidade e inclusão. A forma como Fernando foi acolhido e se sentiu seguro aumentou ainda mais a admiração e a confiança no relacionamento com a 3M.

“Conhecendo a empresa como conheço hoje, sei que deveria ter feito isso antes”, diz.

O problema é que o relacionamento com Sérgio também estava cada vez mais maduro e os finais de semana em que viajavam alternadamente para ficar juntos começaram a ser insuficientes. “Tenho muitos clientes na região sudeste e entendo que nunca daria para ficar 100% em Curitiba”, conta.

Veio então a pandemia, a obrigatoriedade do isolamento social, e, enfim, a união com Sérgio, já que ambos estavam trabalhando de casa. Só que a volta ao presencial fez o casal (e o mundo inteiro) repensar seu estilo de vida.

Nesse cenário, a 3M se mostrou sensível à história das pessoas e colocou em prática o Work Your Way. O programa dá liberdade para que cada colaborador escolha o modelo de atuação que funciona melhor, integrando trabalho e vida pessoal.

Fernando, ciente que precisa estar perto de seus clientes, achou o caminho perfeito para continuar essa história: comprou um imóvel com Sérgio, se casou e agora fica 15 dias em São Paulo e 15 em Curitiba.

E tem mais: Sérgio passou a ter todos os direitos como dependente de funcionário, a exemplo de seguro saúde e previdência privada. Além disso, quando o casal quiser filhos, vale a mesma política de benefícios que vigora para todos.

“Sinto que a empresa entendeu que é preciso construir uma abordagem contributiva. A 3M me oferece liberdade para que eu tenha uma vida feliz e, automaticamente, eu desempenho melhor e contribuo para o seu crescimento. Cada vez mais, as companhias percebem que a vida pessoal tem de ser parte do negócio”, diz.

ORGULHO LGBTQIA+ NA 3M

O grupo LGBTQIA+ está em constante evolução. “Não chegamos à equidade, temos ainda muitos passos a dar, as pessoas precisam entender que são iguais e merecem ser tratadas da mesma forma. No dia em que isso acontecer, não haverá mais a necessidade do grupo existir”, pontua.

Mas as coisas já mudaram muito: há respeito, acolhimento e entendimento no ambiente de trabalho. Tanto que a 3M entrou na lista das 38 Melhores Empresas para Profissionais LGBTI+ do Brasil em 2022, resultado de pesquisa realizada pelo Instituto Mais Diversidade, em parceria com a Human Rights Campaign Foundation (HRC) e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+.

Além das práticas cotidianas, comunicações e ações que promovam a diversidade na 3M, o mês do orgulho LGBTQIA+ ganha ainda mais incentivo.

Para este ano, estão programadas ações como cursos, fóruns de discussão, palestras, conteúdos educativos, lançamento de produtos Post-it coleção Diversão Colorida, discotecagem na entrada e saída dos turnos, o tradicional hasteamento da bandeira nos sites da companhia, decoração dos espaços nas cores do movimento e mais.

“A 3M sempre me respeitou e mostrou que coloca em prática a diversidade que promove no discurso. Pode parecer pouco, mas a primeira vez que a empresa hasteou a bandeira e eu entrei ali com aquele símbolo tão representativo, me senti muito seguro e confiante. Exatamente como qualquer pessoa deve se sentir no trabalho”, diz Fernando.