6 dicas para fazer um balanço de ano de 2020

Você faz um balanço de final de ano?

Nossos assinantes responderam.

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Cada ano é único, cheio de momentos que não se repetem, de decisões e acontecimentos em nossas vidas. Mas certamente 2020 foi muito diferente de qualquer outro ano que você já viveu.

Em 11 de março de 2020, a OMS categorizou COVID-19 como uma pandemia. Muitos de nós nunca imaginamos viver algo assim. Situações desse tipo eram exclusivas aos filmes ou aos nascidos em tempos remotos. Foi então que, no espaço de algumas semanas, esse vírus sacudiu o cotidiano de toda a humanidade. Certamente, ninguém teve o 2020 que imaginou.

Os seres humanos medem muitas coisas em suas vidas em função do tempo. “Há 8 meses tinha outro emprego”, “Há 9 anos tive um filho”, “No ano passado mudei de carro”. É por esse motivo, que é inevitável, não sentir a necessidade quase instintiva de refletir sobre o ano de 2021.

Na verdade, um balanço do ano que se passou pode ser benéfico. Porque nos ajuda a encontrar nossos pontos fortes, fracos, aprendizados, valorizar conquistas e nos organizar para o próximo período.

Mas, como este ano foi particular, é preciso levar em conta alguns pontos ao fazê-lo.

O que ter em mente ao refletir sobre 2020?

Considere o contexto

Ao realizar uma avaliação pessoal de 2020, como em qualquer outro balanço, é muito importante levar em consideração não apenas os resultados, mas também em quais circunstâncias. Nossas conquistas e erros nem sempre dependem 100% de nossas ações.

Prepare a hora e o local para fazer um balanço

Nossa perspectiva é condicionada por nossos estados emocionais. Portanto, prepare-se mentalmente e reserve um tempo preciso para fazer o equilíbrio. Não tente fazer isso na hora de dormir após um dia cansativo ou enquanto estiver preparando a comida e lavando a louça. Tome seu tempo e considere como você se sente ao refletir.

Divida o balanço em escopos

Os seres humanos são seres sociais e nos movemos em diferentes espaços relacionais. É conveniente analisar o pessoal, a família e o trabalho separadamente – embora nestes meses tenham partilhado tempo e espaço -, de forma a fazer um equilíbrio mais objetivo e pontual.

Gere um balanço compartilhado

Outras pessoas podem nos dar uma nova perspectiva. Implemente-o em família ou com sua equipe de trabalho. Cada pessoa fará suas contribuições, as escreverá em cores diferentes e buscará as conexões entre o que cada membro da equipe reflete.

Faça a si mesmo estas 10 perguntas.

A revista Forbes listou uma lista de “10 perguntas que você pode fazer a si mesmo para obter uma nova perspectiva que o preparará para determinar propósitos mais autênticos e significativos”.

  1. Se este ano fosse um filme, como seria? (Esta questão permite muitas brincadeiras, faça-as, ria, relaxe e depois reflita seriamente)
  2. O que funcionou bem este ano, pelo qual sou grato?
  3. O que foi desafiador ou desanimador? (Várias coisas, nós sabemos, mas lembre-se que todo o mundo passou por esse momento)
  4. Quais foram os momentos mais significativos? Reviva esses momentos em sua mente e guarde esse sentimento para definir suas resoluções para o próximo ano, lembrando o que faz sentido para você na vida.
  5. Onde você concentrou mais sua energia e tempo?
  6. Onde eu falhei e o que aprendi?
  7. Em uma escala de 1 a 10, quão feliz eu estava?
  8. No ano que vem, como posso aproveitar ao máximo meus talentos?
  9. O que devo tentar um pouco mais e aprender no próximo ano?
  10. O que significará sucesso para mim no próximo ano?

Tente manter o balanço positivo

Por último, não tente fazer o balanço “fechar”. Aproveite as experiências e aprendizados, para que o equilíbrio seja positivo. Desta forma, você poderá se concentrar em suas resoluções para 2021 com mais esperança e energia.

Baixe este modelo de excel para organizar suas resoluções 2021 e elabore um plano eficaz para cumpri-las. Escreva um propósito em cada folha e divida-o em metas. Além disso, lembre-se de tê-los anotados em um local sempre visível, de preferência em blocos de Post-it® e não se esqueça que o caminho é feito passo a passo, celebrando cada conquista!

Baixar Excel

Tenha um 2021 repleto de aprendizados e conquistas.

Fontes:

  1. https://www.forbes.com
  2. https://www.health.harvard.edu/

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5 maneiras de incentivar meninas na ciência

A cada ano, aumentam as ofertas de empregos para profissionais relacionados à tecnologia. Apesar disso, apenas uma fração das meninas e mulheres provavelmente buscará carreiras que lhes permitam ocupar esses cargos. Segundo relatório da UNESCO 2019,  as mulheres representam 35% dos alunos matriculados em cursos STEM (sigla em inglês para as disciplinas nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Além de representar 15% dos graduados em engenharia, 19% em informática e 38% em matemática.

Por isso, é vital despertar a curiosidade científica na infância, principalmente nas meninas. É nossa tarefa inspirá-las a estudar carreiras em STEM, de modo que a contribuirpara diminuir a lacuna de gênero na Ciência .

De acordo com um estudo realizado pela Microsoft (2018), foram identificadas 5 recomendações para aumentar o interesse de meninas e adolescentes nas carreiras em STEM:

1. Gere interesse.

Quando meninas e adolescentes têm informações abrangentes e relevantes sobre os benefícios e o impacto da tecnologia na vida das pessoas, seu interesse nas carreiras STEM duplica.

2. Forneça experiências reais.

As meninas que são envolvidas em workshops ou laboratórios de ciência ou tecnologia mostram um maior interesse em desenvolver suas carreiras nessa área.

Confira a nossa série de vídeos “Ciência em casa“, que apresenta  experiências científicas fáceis de fazer, com materiais encontrados em casa.

3. Apoie-os

Aumente o número de mentores e exemplos de profissionais das áreas de  STEM, para ajudar a desenvolver a confiança nas meninas de que podem ter sim sucesso na ciência. Meninas que são motivadas pelos pais têm duas vezes mais chances de buscar carreiras  STEM.

4. Dar visibilidade às referências femininas em ciência e tecnologia.

Meninas que conhecem mulheres que fazem carreira em STEM demonstram maior interesse neste campo do que meninas que não têm profissionais como referência.

Estas são as histórias de 3 cientistas que poderiam inspirá-los.

Clique para saber mais sobre cada um.

Deepika Kurup tem 22 anos é cientista, conferencista, empreendedora social e estudante na Universidade de Harvard. Desde o ensino médio, ela decidiu resolver a crise global da água. Depois de ver crianças na Índia beberem água poluída, ela desenvolveu um sistema de purificação de água que aproveita a energia solar para remover os poluentes da água.

Aos 14 anos, em 2012, ela ganhou o grande prêmio  Discovery Education 3M Young Scientist Challenge. Em 2014,  foi homenageada com o “Prêmio Ambiental Juvenil” do presidente dos Estados Unidos, representou os Estados Unidos em Estocolmo, na Suécia, no Stockholm International Youth Water Award. Mais recentemente, Deepika foi nomeada um dos Forbes “30 Under 30: Energy” e foi o vencedora do prêmio “National Geographic Explorer” na Google Science Fair 2015. Participou da Feira de Ciências da Casa Branca 2013 e 2016. Ela é atualmente CEO e fundadora da Catalyst for World Water, uma empresa social que visa implementar a tecnologia que ela desenvolveu em áreas com escassez de água.

Patsy nasceu em 1930 em Minnesota. Quando equis ingressar na universidade, ela fez o teste de aptidão e o resultado indicou que não era adequada para nenhuma carreira. Ela exigiu fazer a versão do teste para alunos do sexo masculino. O resultado então foi que era “adequada para uma carreira de cientista ou dentista”.

Em 1952, ela recebeu o diploma de bacharel em química e matemática pelo Gustavus Adolphus College em St. Peter, Minnesota. Ela foi a primeira mulher a fazer estudos universitários em sua escola.

Ela era química e matemática, uma cientista da 3M. Iniciou a sua carreira na empresa em 1952 com um contrato temporário como as restantes das mulheres, pois naquela época havia um certo padrão de que perto de se casarem, as mulheres   deviam abandonar o trabalho.

Ela inventou o Scotchgard, que se tornou um dos produtos repelentes de poeira e manchas mais famosos e amplamente usados ​​na América do Norte. A invenção do Scotchgard surgiu após um acidente em laboratório, durante a investigação do desenvolvimento de uma borracha que poderia ser usada em mangueiras de combustível de aviação. Uma amostra de borracha fluorada caiu em um sapato de lona de um dos participantes, grudando nele, sem poder ser removido. Após exaustivas tentativas de remover a borracha, Patsy observou que onde a borracha estava, ela permanecia mais limpa, enquanto as áreas sem borracha estavam sujas.

Patsy registrou 16 patentes e, em 1974, foi a primeira mulher a ser nomeada para a Carlton Society, o Hall da Fama da 3M.

“Qualquer um pode se tornar um inventor, desde que mantenha a mente aberta e curiosa e nunca ignore o possível significado de um acidente ou aparente fracasso.”
Patsy O’Connell Sherman

A paixão de Cait pela resolução de problemas começou muito antes dela colocar os pés no laboratório. Ela cresceu em uma cultura de compreensão de como as coisas interagem e funcionam: sua mãe e seu pai são formados em engenharia.

Além disso, quando era adolescente, Cait descobriu que tinha doença celíaca, então tinha uma dieta sem glúten. “Eu não poderia simplesmente dirigir 40 quilômetros até a loja e comprar um delicioso pão sem glúten”, diz ela. “Eu tive que fazer meu próprio pão.”

“Foi assim que percebi que a ciência dos materiais e a engenharia de polímeros era o que eu queria fazer.”

Cait obteve o diploma de bacharel em engenharia de polímeros e fibras e doutorado em ciência e engenharia de materiais.

Quando começou a assar pão, não percebeu que estava usando os mesmos princípios científicos que um dia usaria em seu próprio laboratório. “Pão é só espuma que se come”, brinca.

Seu último projeto está focado em melhorar ear plugs (protetores auditivos) para que mais trabalhadores possam estar protegidos.. Seu trabalho é muito importante, porque segundo a OMS, 360 milhões de pessoas em todo o mundo têm alguma perda auditiva.

5. Forneça um ambiente de aprendizagem apropriado.

Crie salas de aula e locais de trabalho inclusivos que valorizem as opiniões das mulheres. As meninas precisam de um modelo de aprendizagem de ciência e tecnologia que incentive a curiosidade e a experimentação e não penalize o erro.

De que outras maneiras você incentivar as meninas na ciência? Deixe-nos seus comentários.

Além disso, se você conhece uma mulher que merece ser reconhecida por seu trabalho científico, convide-a para se candidatar ao programa 25 Mulheres na Ciência: América Latina.

Ver Mais

Fontes:

  1. https://news.microsoft.com/
  2. https://www.3m.com/

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Estudo Global da 3M mostra que ceticismo em torno da ciência diminuiu

Como a pandemia impactou o ceticismo em torno da ciência que vinha em curva crescente nos últimos anos? Qual é a percepção das pessoas sobre o tema? Para responder a estas perguntas a 3M divulga mais uma edição do Índice Anual do Estado da Ciência (SOSI), um levantamento global encomendado pela companhia e realizado pela Ipsos.

Confira abaixo:

Fontes:

  1. https://www.projetodraft.com/

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A pandemia mudou a forma como as pessoas percebem a ciência

O aquecimento global é uma farsa. Vacinas são parte de uma conspiração para causar outras doenças na população. A Terra é plana. Que atire a primeira pedra quem não se deparou com ao menos uma destas notícias falsas relacionadas à ciência nos últimos anos. O acúmulo de desinformação gera aumento da descrença no conhecimento científico, trajetória que felizmente começa a se reverter.

É o que mostra o Índice do Estado da Ciência (SOSI, do inglês State of Science Index). A pesquisa global é promovida pela 3M e realizada pela Ipsos há três anos para mapear a percepção da população em relação ao tema. Nesta última edição, mais de 25 mil pessoas responderam ao estudo em todo o mundo e foi a primeira vez que a pesquisa detectou queda no ceticismo em torno da ciência.

No Brasil, onde o levantamento foi realizado com mais de mil pessoas, a descrença na área caiu de 42% em 2019 para 33% em 2020. Paulo Gandolfi, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da 3M, diz que o movimento é consequência da ampla discussão sobre os caminhos para superar a pandemia de Covid-19:

“Antes, poucas pessoas entendiam as etapas do desenvolvimento de uma vacina, por exemplo. Agora, todos nós acompanhamos muito de perto, inclusive torcendo para dar certo”

O mesmo funciona quando se trata do esforço para conhecer o coronavírus, entender a dinâmica de contágio e as medidas eficientes de proteção. “Ao trabalhar na 3M, uma empresa que tem no desenvolvimento científico um de seus pilares mais fortes, vejo o aumento do interesse de diferentes públicos pelas discussões da área.” Enfim, a ciência voltou ao mainstream – e isso tem ajudado as pessoas a entenderem sua importância.

De quem é a responsabilidade?

E se a ciência ganhou os holofotes neste momento, a responsabilidade sobre quais elos da sociedade precisam conduzir os avanços científicos também conquistou espaço. O SOSI apurou que 92% dos brasileiros entendem que o apoio do governo à área é muito importante. Para 31% dos entrevistados no país, o setor privado também precisa participar do financiamento à pesquisa.

“Mesmo que os governos sejam fundamentais para a solução dos problemas da sociedade, as pessoas não esperam que eles abordem todo o desenvolvimento de pesquisas sozinhos”, diz Paulo. Segundo o estudo, 51% dos brasileiros contam com as empresas para trabalhar no preparo para futuras pandemias, surtos e doenças.

Parcela de 47% dos respondentes acreditam que as organizações privadas precisam atuar para criar oportunidades de emprego a grupos minoritários na sociedade. Já 46% avaliam que as corporações devem atuar com o governo para defender políticas que ajudem a resolver desafios globais.

Educação para a ciência

Já 45% dos participantes da pesquisa entendem que as empresas devem contribuir para fomentar o acesso à educação de qualidade em ciência, tecnologia, engenharia e matemática – da sigla em inglês STEM. A formação e a carreira na área são, inclusive, desafios importantes para a ciência, conforme indica o estudo.

Entre os brasileiros, 87% responderam que ter mais pessoas em profissões STEM pode beneficiar o futuro da sociedade. Há, no entanto, a percepção de que falta representatividade nestas profissões: 27% das pessoas citam a baixa diversidade como um dos maiores obstáculos às carreiras na área.

Segundo os participantes do estudo, as pessoas ficariam mais interessadas em investir em carreiras científicas se o ensino destas profissões fosse feito de forma mais envolvente, se houvesse mais investimento em currículos de ciências e que o tema fosse tratado como uma plataforma para tornar o mundo melhor. Além disso, uma compreensão mais clara das possibilidades da carreira científica é outro ponto apontado como importante. Paulo, da 3M, acrescenta:

“Nos últimos anos, o Brasil conseguiu universalizar a educação, mas ainda temos o desafio da qualidade. Por isso, a questão do ensino da ciência está inserida em um contexto maior que é a qualidade da educação de forma mais ampla”

Outro desafio social que é visto como algo que deve ser endereçado pela ciência é a sustentabilidade. Para 51% dos brasileiros, a área precisa atuar no desenvolvimento de soluções para questões como a qualidade do ar e a redução da poluição nos oceanos.

Questões como a conservação de água, redução do desperdício e a diminuição da dependência de combustíveis fósseis também entram na lista de temas em que os brasileiros gostariam que fossem resolvidos pela área. A ciência, enfim, ocupa o lugar certo: longe do ceticismo infundado, focada na solução dos desafios da humanidade.

Fontes:

  1. https://www.projetodraft.com/

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Como funcionários da 3M mobilizaram lideranças e parceiros para fomentar doações na pandemia

Qual é o melhor indício de que uma empresa tem uma cultura corporativa forte, um campo fértil à inovação? Na 3M, uma expressão clara disso aconteceu durante a pandemia, quando um grupo de funcionários se uniu de forma autônoma e mobilizou doações,  envolvendo também parceiros. Um esforço coletivo de solidariedade para enxergar além do negócio e beneficiar a sociedade.

Géssica Carvalho, gerente de produto do grupo de Saúde da 3M, responsável por começar a iniciativa e formar o grupo, fala a respeito:

“Começamos o grupo em março, de maneira espontânea e colaborativa. Foi um impulso voluntário de mudança que só deu certo porque encontramos espaço para isso e apoio das lideranças da empresa”

Por ter contato direto com hospitais no dia a dia de trabalho, quando o coronavírus começou a se espalhar no Brasil, ela conta que via os enormes desafios que estas instituições enfrentavam com a falta de materiais de proteção e outros itens essenciais.

“Comparava a realidade difícil da pandemia com a enorme capacidade de manufatura, pesquisa e desenvolvimento da 3M. Via que poderíamos fazer algo a mais para ajudar naquele momento, coisas que não estávamos enxergando”

Isto porque a empresa já tinha uma série de iniciativas oficiais para apoiar a sociedade no combate à pandemia, incluindo a doação de máscaras PFF2 a profissionais da saúde de hospitais públicos e filantrópicos, e doações financeiras para a compra de alimentos a famílias em situações de vulnerabilidade.

Um grupo autônomo se formou para entender os melhores caminhos para ajudar a sociedade – uma expressão da cultura de colaboração da companhia.

Um grupo de trabalho para pensar além do negócio

Géssica dividiu a inquietação com o colega Rodrigo Tafuri, Engenheiro de Tecnologia de Manufatura da 3M, e os dois começaram um brainstorming de possíveis iniciativas e projetos que poderiam ser úteis naquele momento para ajudar instituições que estavam atuando no combate à pandemia. Aos poucos, as pessoas foram se conectando. “Um chamava o outro que pudesse nos ajudar a pensar em soluções”, conta Rodrigo. Cerca de 20 pessoas de diversas áreas se engajaram na iniciativa.

Apesar de autônomo e voluntário, o grupo estava longe de ser clandestino, portanto, Géssica e Rodrigo apresentaram as ideias levantadas no primeiro brainstorming à liderança da 3M. “De cara recebemos um feedback muito positivo, estimulando a gente a ir em frente”, lembra. Com o apoio, o grupo definiu quais projetos desenvolveria.

Time de voluntários debate estratégias e possibilidades em encontros virtuais, que resultam em doações e parcerias reais.

A primeira iniciativa foi a doação de aventais para equipar profissionais da saúde em hospitais. “Vimos esta demanda e, conversando internamente, descobrimos uma sobra de produção de não tecido (um tipo de TNT), algo que seria descartado, mas que percebemos que serviria como matéria-prima para a produção de aventais”, lembra Rodrigo.

Eles chegaram a considerar enviar o material para a fábrica da 3M em Manaus, onde há uma linha de costura, para fazer os aventais. Mas convenhamos que era mais inteligente evitar esta logística toda justamente no meio de uma pandemia. Por isso, o grupo de voluntários encontrou um caminho melhor: firmou parceria com a Health Quality, empresa de Jarinu (SP) especializada justamente na produção de avental.

“Doamos o não tecido, eles produziram as peças e fizemos o encaminhamento para os hospitais”, conta Géssica. Em paralelo, o time estruturou outra doação. No meio da explosão da demanda por álcool gel, eles tinham ali na fábrica da 3M o carbopol, um espessante necessário para a fabricação do produto. Mas entre ter a matéria-prima e, de fato, fabricar o produto, há uma distância considerável. Rodrigo fala sobre como eles encurtaram o caminho:

“Logo no começo fomos orientados pela liderança a procurar parceiros. Assim ganharíamos tempo por não precisar desenvolver internamente competências ou superar eventuais burocracias. Foi isso que fizemos”

Diante disso, a empresa se conectou com a UfsCar (Universidade Federal de São Carlos). A instituição estava justamente trabalhando na fabricação de álcool gel e de protetores faciais face shild. “Eles tinham demandas por materiais e nós conseguimos ajudar”, comemora Rodrigo.  No começo, além do espessante, a empresa fez a doação de filme para as viseiras. Com o tempo, a escala de produção da universidade aumentou e eles passaram a entregar polímeros plásticos para a operação. E esta parceria com a universidade se expandiu para outras instituições, que receberam insumos e transformaram em itens úteis na pandemia.

A terceira grande frente desenhada no grupo foi com a Honda, que tem uma fábrica vizinha à 3M, em Sumaré. “Nos unimos para consertar respiradores mecânicos”, diz Géssica. Depois de tantos bons resultados, o plano do grupo é manter as ações enquanto houver demanda e, se for o caso, desenvolver novas iniciativas.

Impacto social e estímulo à cultura de inovação

Tanto Géssica quanto Rodrigo dizem que a mobilização foi reflexo da cultura de inovação da 3M, que estimula a autonomia dos funcionários para criar novos projetos e a colaboração para conseguir ir em frente com eles. Os dois reconhecem também que, de certa forma, o esforço do grupo para fazer as doações também retroalimenta esta dinâmica interna na empresa.

“Nos conectamos rápido, trocamos muitas ideias e, acima de tudo, identificamos novas possibilidades para materiais que nós temos e não seriam usados, como é o caso dos não- tecidos que se transformaram em aventais”, diz Rodrigo. É pura efervescência de inovação – se apurando a cada nova iniciativa.

Fontes:

  1. https://www.projetodraft.com/

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Por que o Elo7 e uma das histórias de sucesso da economia criativa no Brasil?

Por que o Elo7 e uma das histórias de sucesso da economia criativa no Brasil?

Qual é o principal motor para a criação de um negócio de sucesso? Uma das respostas é a necessidade e, claro, a criatividade. Foi assim com a socióloga e mestre em Educação pela Unicamp, Nathália Raggi, que tinha uma marca de roupas e bolsas. Para vender as peças e trocar ideias ela transitava por umas série de grupos de artesãos on-line.

Com o tempo percebeu que seria mais interessante se o mercado dos produtos feitos à mão fosse menos concentrado, com a possibilidade de encontrar todos os artesãos em um só lugar. Nascia aí o sonho do Elo7, um marketplace que conecta quem produz com quem compra.

A partir de una dor individual, projeto ganhou alcance

Era 2008 quando a loja entrou no ar, como resultado da ideação de Juliano Ipólito, hoje fora do negócio. Ainda era tudo mato na internet e o Brasil se encontrava no Orkut, mas a ideia pegou rápido. “A plataforma cresceu muito no boca a boca. Foi um susto ver como os artesãos aderiram rápido”, conta Nathália.

Em 2011 receberam investimentos internacionais e Carlos Curioni, hoje CEO do empreendimento, a quem Nathália dá o crédito por profissionalizar o negócio e por alcançar uma expansão sustentada. “Com o Elo7 fui desafiada a aprender muito e a lidar com uma série de desafios e burocracias que não existiam quando eu era artesã”, conta. Ela diz, no entanto, que o segredo do sucesso para a empresa está em manter a essência:

“Eu precisei assumir que não dominava algumas coisas. Montamos um time capaz de conduzir muito bem as frentes que não são meus pontos fortes.”

E prossegue: “Com isso, me mantive trabalhando na gestão da comunidade, próxima dos artesãos para entender a realidade deles e atender suas necessidades. Esta é uma das frentes mais essenciais do nosso negócio.” Nathália conta que os artesãos não pagam nada para hospedar suas lojas na plataforma.

Apenas quando algum item é vendido, o Elo7 é remunerado com comissões que vão de 6% a 18%, dependendo do tipo de anúncio do produto. Com esta abordagem, a plataforma reúne comunidade de 100 mil artesãos, de 4 mil cidades brasileiras, que oferecem produtos feitos à mão sob encomenda para todo o Brasil.

Projeto é destaque no documentário Brasil Criativo

Com resultados tão relevantes, o Elo7 foi uma das empresas reconhecidas no Prêmio Brasil Criativo em 2019, iniciativa apresentada pela 3M e patrocinada pelo Mercado Livre que tem o propósito de reconhecer um setor que responde por 2,64% da economia nacional e gera 1 milhão de empregos no País. A iniciativa é um dos doze projetos abordados no documentário vencedores do Prêmio Brasil Criativo, a premiação oficial da economia criativa brasileira.

O média-metragem lançado no último dia 8 de setembro e disponível de forma democrática, on-line e gratuita, no canal do Prêmio traz diferentes abordagens da economia criativa através dos vencedores, além do depoimento de cinco jurados de renome em setores essenciais para a Indústria Criativa nacional.

“A 3M abraçou o Prêmio Brasil Criativo desde o início pela visão maravilhosa de promover a economia criativa e valorizar os talentos brasileiros. O documentário com histórias emocionantes é um sonho que semeará no mundo a inspiração de valores que a 3M vive, como criatividade, colaboração, empreendedorismo e sustentabilidade”, afirma Luiz Serafim, Head de Marca da 3M.

O documentário resultado da premiação traz a história dos empreendedores e lança um olhar para a força da economia criativa no Brasil. Realizado pelo LabCriativo e com direção de Kaio Garcia, o filme é apresentado pela 3M do Brasil e patrocinado pelo Mercado Livre, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Lucas Foster, idealizador do Prêmio Brasil Criativo, fala a respeito:

“O Prêmio Brasil Criativo tem como missão fortalecer o ecossistema criativo do nosso país e nós acreditamos na importância do audiovisual como uma poderosa ferramenta de inspiração e exportação do talento e do potencial criativo dos nossos empreendedores”

Ele prossegue: “Depois de ter recebido a chancela do Ministério da Cultura e o apoio institucional da Unesco, tínhamos a certeza de que era a hora de levar as histórias dos empreendedores criativos brasileiros para o mundo”.

Conheça os vencedores do Prêmio Brasil Criativo 2019:

Cidades.co (Arquitetura/Cidades para pessoas)
Festival do Teatro Brasileiro (Artes cênicas/Festivais que Transformam)
Game Jam Plus (Audiovisual/Jogos Independentes)
Setor WLab (Design/Wearables)
ter.a.pia (Editorial/Creators que inspiram)
Elo7 (Expressões Culturais/Artesanato Digital)
JuicyBazar (Moda/Marcas que preservam)
Cultura Hip Hop nas Escolas (Música/DJ do Ano)
Giulia para Surdos (P&D/Patente dos Sonhos)
Acervo da Laje (Patrimônio e artes/Quero museu vivo)
Tem que ter (Publicidade/Freelancer de respeito)
StoryMax (TIC/Apps que educam)

Fontes:
3M & Projeto Draft, 2020